Os trotes, as famosas “brincadeiras” com os calouros da universidade, ganharam as capas dos jornais e noticiários por terem deixado a inocência e partido para a violência. Na região sudeste do país, a alegria de ser aprovado no vestibular e o momento que deveria ser inesquecível ao entrar na universidade, virou pesadelo para alguns jovens.
Os trotes deixaram dezenas de feridos, alguns em estado grave. Na última semana, a responsável por essas brincadeiras de mau gosto em uma faculdade de São Paulo foi identificada, e segundo a reitora, ela será punida com a expulsão.
Mas e aí vem a pergunta: só isso? Nada mais? Quer dizer então que, caso ela queira, pode entrar em outra instituição e fazer tudo de novo?
O mais revoltante, na minha opinião, foi a declaração de um pai que havia levado o filho ao hospital em coma alcoólico, dizendo que filho “foi obrigado a beber até cair”. Tá, mas espera aí: aonde está a vontade própria? Os próprios princípios (ou coisa assim)? Por mais violentos e dissidentes que estes alunos sejam, cada um faz o que lhe convém, não há pessoa ou lei que mude isso.
No dia 2 de março começo minha vida acadêmica, confesso que com um certo receio.
Não pelo trote, porque sei que por aqui as coisas são bem mais “lights” e ninguém é obrigado a fazer nada que não queira, mas com receio é da vida que vem pela frente.
A escola ficou para trás, não vou mais estudar o que não gosto e não consigo de fato apreender.
É a hora da virada. A comunicação vem aí.
Fui... me preparar!
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