Boêmios poetas, que em meio a tanta dor exprimem o amor que sentem pelo mundo, e por seus companheiros de viagem, sejam eles artistas ou não!
Eu nasci assim, como dizia minha avó, com um parafuso a menos, enfurnado nos quartos, criava meu presente, inventava meus medos e supria minha necessidade de criação.
Creio que a solidão e o ser artista andam de mãos dadas, porque quando escrevo fico sozinho, quando leio fico sozinho, e quando interpreto sinto que, numa união astral , cada ator está... sozinho (uma solidão em conjunto, se é que vocês conseguem me entender).
Ela vem acompanhada de alguma dor incolor que a gente sente, que vem lá do fundinho da alma, sabe?
Às vezes o artista, na sua sábia ignorância, acha que não é artista e que no mundo não há um só lugar para ele, e é ai que ele cria, é ai que ele aspira a artear.
Nasci assim no ar da arte, para ser arteiro , para quebrar o óbvio, o traçado, o moral.
Isso me dá uma força a mais pra viver.
Viver, engraçada essa palavra: viver a vida... (e que vida!)
Creio que nada muda a gente, que muda tudo, seja no palco ou na mira de uma câmera, tudo pode ser tudo, ou o nada pode resumidamente ser o nada, ou ser simplesmente, ser realmente.
Às vezes as pessoas acreditam que o que é, é, mas o artista sabe que tudo, mas tudo mesmo, não passa de ser o que ele mesmo é... ar, que também passa a ser o que é, e o ciclo vida a partir daí começa a funcionar!
Porque eu...
Eu, nasci assim... ar.
(Ísis Valverde) (alterado por J-Z)
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