sábado, 28 de fevereiro de 2009

É o que me interessa...


Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem

Quem vai virar o jogo e transformar a perda em nossa recompensa?
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado só de quem me interessa
Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou

Me traz o teu sossego
Atrasa o meu relógio
Acalma a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussurre em meu ouvido
Só o que me interessa

A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição

A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito

Só o que me interessa...

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Pra existir história... tem que existir verdade!

Não sou perfeito, que isso fique bem claro.
Não tenho a pretensão de ser o melhor no que faço, mas faço o que faço com vontade, porque quero ter reconhecimento através de minha arte.
Não tenho certeza de tudo, mas sou certo com aquilo que amo.
Não vejo o mundo colorido, porque sei que é preciso passar pelo preto e branco para se chegar ao real.
Não sonho com o possível, porque o impossível me atrai mais.

Tenho saudades daquilo que vivi, mas a vida que levo hoje é melhor em várias formas.
Não vejo o passado como velharia, vejo o passado como história.
Não vejo o futuro como incerto, vejo o futuro como esperança.
Não vivo meus dias pautados pela dor ou pelo medo, porque sei que se eu não fizer por valer, nada vai ter sentido.

Sei que ninguém vai segurar a minha barra, por isso faço questão de ser forte o bastante.
Não tenho milhares de amigos, mas os que tenho me fazem bem, e é isso que importa.
Não sou inteligente ao extremo, mas procuro me aperfeiçoar a cada dia.
Não falo o que não gostaria de ouvir, e percebo que controlar meus impulsos é mais difícil do que parece.
Não posso fazer só aquilo que quero, mas se não quero também não me empenho.

Sou uma mistura de real com fantasia;
de tristeza e alegria;
de otimismo e melancolia;
de super-herói com vilão.

Dou risada, choro.
Tenho medo, sou corajoso;
forte e sensível;
crítico e louco.
Sou quem sou, ninguém muda.
Qualquer pequena coisa me alegra e minhas dúvidas faço questão de responder.

Não sei se deu pra entender... mas esse sou eu, muito prazer!



"Na vida tudo passa, não importa o que tu faça..."

Fui... viver a vida!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

E o Oscar vai para...

Na noite do último domingo ocorreu a 81ª cerimônia do Oscar, a festa que premia os melhores do cinema mundial. Com apresentação do eterno Wolverine, Hugh Jackman, a noite foi de alegria, euforia, música e muita emoção.

Alguns dos favoritos ao prêmio não levaram, e então surgiram as famosas zebras. Eu, como um cinéfilo convicto, não posso deixar de comentar.

Os produtores acertaram completamente em diversos detalhes da festa, que certamente será sempre lembrada como uma das melhores da história do Oscar. A inovação nas apresentações dos indicados, o visual luxuoso, os spots com os filmes indicados e a escolha dos perfomers deram a noite o brilho que a anos não se via.

Filmado em Mumbai, com atores locais, canções indianas e verba restrita, Quem quer ser um milionário? ganhou oito estatuetas, recebendo o devido reconhecimento de Hollywood. O longa venceu nas categorias melhor filme, diretor, roteiro adaptado, fotografia, mixagem de som, edição, trilha sonora original e canção original. O filme de Danny Boyle conta a história de um jovem que vive numa favela e vira celebridade após ganhar a chance de participar de um jogo de perguntas e respostas na TV.

O curioso caso de Benjamin Button, que era o líder de indicações, com 13 no total, acabou levando apenas três prêmios: direção de arte, efeitos visuais e o mais merecido deles, maquiagem. O filme protagonizado por Brad Pitt conta a história de um bebê que nasce velho. Ao longo dos anos, seu corpo vai rejuvenescendo, enquanto sua mente envelhece.


Penélope Cruz fez história ao ser a primeira espanhola a levar o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, por seu trabalho em Vicky Cristina Barcelona, do excepcional Woody Allen. Emocionada, a atriz dedicou o prêmios aos latinos e a Pedro Almodóvar, por impulsionar sua carreira.


O fantástico Sean Penn ganhou a estatueta de Melhor Ator por Milk – A voz da igualdade. Seu trabalho de caracterização no drama biográfico sobre Harvey Milk, primeiro candidato gay oficialmente eleito no estado da Califórnia, lhe rendeu elogios e os mais diversos prêmios ao redor do mundo. Merecidíssimo!

A Melhor Atriz de 2009 não poderia ser outra. Apesar de estar concorrendo com a incomparável Meryl Streep, Kate Winslet foi a grande vencedora da noite. Depois de vencer 2 Globos de Ouro neste ano e após 6 indicações, a eterna Rose, de Titanic, faturou a estatueta por seu desempenho em O leitor. Emocionada, ela disse que desde os 8 anos treinava esse discurso, só que dessa vez o prêmio não era um pote de shampoo. (Quem nunca fez isso? Haha!)


Heath Ledger faturou o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante por sua brilhante atuação como o Coringa em Batman - O cavaleiro das trevas, e foi o segundo ator na história a receber um Oscar póstumo. Seus pais e a irmã mais velha foram ao palco do Kodak Theatre para receber o prêmio em nome de Matilda, filha do ator, que tem apenas três anos. Heath, que morreu em janeiro do ano passado em decorrência de uso excessivo de remédios, deixou sua marca na história do cinema mundial. Seus diversos trabalhos, que passaram da comédia ao drama chegando ao triller, mostraram seu talento e sua capacidade inigualável de emocionar e fazer sorrir.


Essa foi a segunda indicação de Heath, que já havia concorrido ao prêmio de Melhor Ator em 2006 por sua interpretação em O Segredo de Brokeback Mountain. Foi o momento mais emocionante da noite. Diversos artistas na plateia se emocionaram e de pé aplaudiram esse talento finalmente reconhecido, mas que infelizmente não estava presente para ser ovacionado.

É, os melhores saíram vencedores, dessa vez.
Vamos torcer para que o ano seja repleto de bons filmes e boas interpretações. Assim, o Oscar 2010 vai ser melhor ainda!

Fui... preparar o meu discurso!

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Paz, carnaval...

Na semana da festa mais tradicional do país, um pouco de informação e cultura!

Bom carnaval à todos! ;)


De onde surgiu o carnaval?

Carros alegóricos, fantasias, samba no pé, bateria, mestre-sala e porta-bandeira. Bailes e máscaras. Trio elétrico e blocos.

As definições para o carnaval do Brasil são inúmeras, mas sempre acabam na mesma: é a maior festa popular brasileira. Mas onde e como surgiu esta festa? A origem do carnaval é um tanto quanto controversa.

O Carnaval tem suas raízes antes do nascimento de Cristo, por volta do século IV a.C.. Embora não seja comprovado, muitos historiadores vêem o carnaval como uma celebração, inicialmente, egípcia. Era uma festa marcada por danças e cânticos ao redor de uma fogueira, onde se comemorava ou se pedia pela colheita agrícola. Com o passar do tempo, máscaras e adereços foram incorporadas à celebração.


Como surgiu o confete e a serpentina?

Essas “armas” da folia carnavalesca já eram usadas na metade do século 19 nos bailes de máscara em vários países da Europa. No Brasil, elas apareceram um pouco mais tarde, por volta da década de 1890.
O confete chegou ao Rio de Janeiro junto com o costume dos corsos - carros decorados, também importados da tradição européia, que desfilavam carregados de foliões. Na época, o confete e o corso foram comemorados pelos jornais como símbolos de civilização. Também, pudera: nos primeiros tempos do nosso Carnaval, as brincadeiras eram inspiradas no entrudo, uma folia herdada de Portugal que envolvia água, lama e outras nojeiras.

Nesse sentido, as batalhas de confetes eram muito mais limpas e inofensivas. A mesma coisa vale para as serpentinas. Elas também surgiram mais ou menos na mesma época, inspiradas pelas chamadas “bolas carnavalescas”, que estrearam no Carnaval de 1878.

Como surgiu o trio elétrico?

O trio-elétrico é a “criação” mais nova do Carnaval brasileiro. Ele surgiu em 1950, quando os músicos baianos Dodô e Osmar, conhecidos como “dupla elétrica”, equiparam um capenga Ford 29 com dois alto-falantes e saíram tocando pelas ruas de Salvador.
Foi um sucesso. No ano seguinte, o Ford foi trocado por uma picape e a dupla convidou Themístocles Aragão para compor, agora sim, um “trio elétrico”

Hoje em dia, os trios elétricos são a maior sensação no carnaval bahiano, arrastando multidões por onde passam.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O que ser? O que ter? O que fazer?

Nunca acreditei muito nessa história de “cada um tem que fazer o que sabe”.
Primeiro: ninguém nasce sabendo.
Segundo: quanto mais eu fizer, mais vou saber.
E terceiro: ninguém é igual a ninguém.

Tem gente que nasce com uma quedinha pelos números, que tira notas altas nas exatas (matemática, química, física) e consequentemente virá a ser um contador, físico ou algo do gênero.
Tem gente que nasce com talento pra música, que cresce em rodas de samba, assistindo concertos ou nas cochias de um show de rock. Sem dúvida, um música está em formação.
Tem gente, como eu, que nasce apreciando as palavras. Que cresce dentro de bibliotecas, levando vários livros para casa. Que aprecia bons textos, bons colunistas, bons jornais, lê incessantemente as notícias e passa a tomar gosto pela escrita. Aí, passa a escrever, prestar atenção no dia a dia, vira fã de novelas, filmes e seriados, e nunca mais consegue sair da “vida de imaginação”.

É claro que tem gente que nasce com um pouco de tudo isso ou algo mais.
Independente das vontades e aptidões de cada um, o importante é fazer aquilo que se gosta e tem facilidade. Um gênio da computação não vai estar feliz atrás de um balcão de loja. Um jornalista não vai gostar nenhum pouco de ser atendente de telemarketing.

Ter certeza do que se quer não é algo que costuma nascer conosco. Às vezes, se passeia pelo improvável e descobre-se um talento que até então era desconhecido. Você não vai saber se você nunca tentar!

Medos, incertezas... quem realmente nunca sentiu, nunca se aventurou.


Fui... tirar as dúvidas!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O trote da vez

Não se fala em outra coisa nos últimos tempos.

Os trotes, as famosas “brincadeiras” com os calouros da universidade, ganharam as capas dos jornais e noticiários por terem deixado a inocência e partido para a violência. Na região sudeste do país, a alegria de ser aprovado no vestibular e o momento que deveria ser inesquecível ao entrar na universidade, virou pesadelo para alguns jovens.

Os trotes deixaram dezenas de feridos, alguns em estado grave. Na última semana, a responsável por essas brincadeiras de mau gosto em uma faculdade de São Paulo foi identificada, e segundo a reitora, ela será punida com a expulsão.

Mas e aí vem a pergunta: só isso? Nada mais? Quer dizer então que, caso ela queira, pode entrar em outra instituição e fazer tudo de novo?

O mais revoltante, na minha opinião, foi a declaração de um pai que havia levado o filho ao hospital em coma alcoólico, dizendo que filho “foi obrigado a beber até cair”. Tá, mas espera aí: aonde está a vontade própria? Os próprios princípios (ou coisa assim)? Por mais violentos e dissidentes que estes alunos sejam, cada um faz o que lhe convém, não há pessoa ou lei que mude isso.

No dia 2 de março começo minha vida acadêmica, confesso que com um certo receio.
Não pelo trote, porque sei que por aqui as coisas são bem mais “lights” e ninguém é obrigado a fazer nada que não queira, mas com receio é da vida que vem pela frente.

A escola ficou para trás, não vou mais estudar o que não gosto e não consigo de fato apreender.

É a hora da virada. A comunicação vem aí.


Fui... me preparar!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Esporte para todos os gostos

Essa história de que “o Brasil é o país do futebol” não tá com nada, saiu de moda, caiu de linha. Depois do sucesso que esportes como a ginástica olímpica, o vôlei e a natação obtiveram no Pan do Rio de Janeiro, em 2007, já é possível gostar e falar sobre outra coisa por aqui.

Tempos atrás, quando a seleção de futebol estava com tudo em cima (leia-se jogadores, técnico e qualidade), dizer que não se gostava de futebol era quase como dizer que Roberto Carlos não era rei coisa nenhuma. Hoje, quando ela raramente entra na mídia, as atenções não são mais centralizadas. Claro, a Copa do Mundo vem chegando, os ânimos se alteram e aí parece, novamente, que é só o futebol que existe e traz alegrias, mas isso a gente fala mais pra frente.

Eu nunca fui muito fã desse esporte, talvez pela falta de aptidão para jogar que sempre me deixava de fora nos times em época de escola. Com o tempo vi que não levava jeito e, pelo bem de todos, não me atrevia nem a entrar em campo. Mas posso dizer que sempre fui fã de vôlei, ou voleibol, como preferirem. À tempos acompanho os campeonatos mundiais, a Liga e tudo o que envolve esse “mundo” que trouxe mais alegrias ao Brasil do que se tem conhecimento.

Para se ter uma ideia, a Seleção Masculina de Vôlei é Heptacampeã da Liga Mundial e 26 vezes campeã no Sul-Americano, sem contar o bicampeonato nas Olimpíadas. Talvez os números não façam tanto sentido, mas a história escrita por essa seleção não tem como apagar. E quem não se lembra da Geração de Prata, de Marcelo Negrão, Tande, Giovani, Maurício ou Ricardinho?

Agora estou acompanhando a Superliga Brasileira. Indo aos jogos, torcendo, vestindo a camisa do time da cidade. Conhecendo estrelas do vôlei atual, como Marcelinho, Anderson e Bruninho, os vendo jogar e entendendo que eles são melhores ao vivo do que pela Tv.

Fico feliz por saber que, nos últimos tempos, o vôlei nacional tem ganhado projeção, em parte graças ao sucesso da Superliga. Com isso, a possibilidade de atletas como Giba e Serginho voltarem a jogar em terras verde-amarelas cresce a cada dia. Bom para todos, melhor para nós!

É, o Brasil não é mais o país do futebol.

Ainda bem!



Fui... dar um saque!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Um pouco de bom humor não faz mal a ninguém!



Existem coisas que fazem valer a pena sair de casa em dia de chuva, mas chuva de verdade, um pouco de frio e uma leve dor de cabeça. Coisas que chegam a nós de formas de diversas, que de algum jeito acabam por fazer a diferença. Seja hoje, amanhã ou depois, vamos lembrar com certeza.

A última grande descoberta foi a peça "Primeiro As Damas", que tive a oportunidade de assistir. Já havia visto alguns vídeos no Youtube, mas tudo ao vivo é sempre melhor.
Esses três caras feras são de Novo Hamburgo, aqui no Rio Grande do Sul.

Quem puder conferir um dia, vale muito a pena!




Seu Cucar - o velhinho descobocado






Jorge, o borracheiro sem noção

Fuui... me alimentar de cultura!

Eu Nasci Assim...

Ar, artista, ator, pintor, cantor, compositor: essas pessoas que vivem de magias, contos, cantigas e sambas.
Boêmios poetas, que em meio a tanta dor exprimem o amor que sentem pelo mundo, e por seus companheiros de viagem, sejam eles artistas ou não!

Eu nasci assim, como dizia minha avó, com um parafuso a menos, enfurnado nos quartos, criava meu presente, inventava meus medos e supria minha necessidade de criação.
Creio que a solidão e o ser artista andam de mãos dadas, porque quando escrevo fico sozinho, quando leio fico sozinho, e quando interpreto sinto que, numa união astral , cada ator está... sozinho (uma solidão em conjunto, se é que vocês conseguem me entender).
Ela vem acompanhada de alguma dor incolor que a gente sente, que vem lá do fundinho da alma, sabe?

Às vezes o artista, na sua sábia ignorância, acha que não é artista e que no mundo não há um só lugar para ele, e é ai que ele cria, é ai que ele aspira a artear.
Nasci assim no ar da arte, para ser arteiro , para quebrar o óbvio, o traçado, o moral.
Isso me dá uma força a mais pra viver.
Viver, engraçada essa palavra: viver a vida... (e que vida!)

Creio que nada muda a gente, que muda tudo, seja no palco ou na mira de uma câmera, tudo pode ser tudo, ou o nada pode resumidamente ser o nada, ou ser simplesmente, ser realmente.
Às vezes as pessoas acreditam que o que é, é, mas o artista sabe que tudo, mas tudo mesmo, não passa de ser o que ele mesmo é... ar, que também passa a ser o que é, e o ciclo vida a partir daí começa a funcionar!

Porque eu...
Eu, nasci assim... ar.
(Ísis Valverde) (alterado por J-Z)