quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Tudo azul da cor smurf


Filme: Os Smurfs
Nota: 9,0

Criados na década de 50, famosos no Brasil por estrearem uma série de desenhos animados nos anos 80, as criaturinhas azuis mais famosas do entretenimento fizeram sua estreia no cinema em grande estilo, em julho deste ano. Os Smurfs, criação do escritor e desenhista belga Peyo, arrebataram milhares de fãs no mundo todo com sua nova história, que mistura personagens animados e "humanos".
Eles são, basicamente, criaturas pequeninas e azuis, como duendes, meigas, e que vivem dentro de cogumelos no meio de uma floresta onde "se sentir azul é uma coisa boa" e "tudo no final vai ficar azul". No mundo deles, cada um tem o seu papel e suas obrigações. Eles são liderados por Papai Smurf, um sábio senhor de mais de 500 anos de idade que consegue prever o futuro e controla as outros 100 criaturinhas.

Destacam-se também o simpático Desastrado, que, como o nome diz, não consegue ficar sem fazer  confusão; o incrível Gênio, que mesmo com tanta inteligência não consegue acreditar em sua capacidade; temos ainda o habilidoso Arrojado, o engraçado Ranzinza e claro, a linda e doce Smurfete, a única mulher do grupo. Você conhece e diverte-se também com o smurf Narrador, o smurf Padeiro, o smurf Pintor e tantos outros.

Na contrapartida do lado bom da história, temos o vilão Gargamel e seu inseparável felino, que garantem os bons momentos. Some a isso um típico casal de Nova York, uma dona de empresa de cosméticos insuportável e ação... comedida, mas real. No meio de uma das trapalhadas de Desastrado, os seis Smurfs atravessam o portal mágico que os fazem cair em pleno Central Park. No ‘mundo real’, encontram o Patrick (Neil Patrick Harris) e Grace (Jayma Mays), que se torna amigo e imprescindível para conseguirem voltar ao seu mundo encantado.


O filme poderia ser classificado como infantil, mas é melhor não falarmos dele genericamente. Com conflitos "de gente grande", é uma história para a família toda. E é uma história encantadora, se vista com outros olhos. Fala sobre superação, crenças, encontros e desencontros, desejos e aceitação. Ok, pode parecer clichê, mas não é. Pelo menos não da forma como é apresentada.

Smurfete sonha em ter uma amiga com quem possa trocar confidências e em poder trocar de vestido. Desastrado é deixado de lado por ser diferente e atrapalhar os outros em suas buscas. Ranzinza não é tão ranzinza assim: tem um lado extremamente sensível e cuidadoso. Papai Smurf lembra aquele avô que todo mundo conhece, paciente e simpático. E Gargamel não é tão vilão assim...

Falando nele, destaque para o ator que o interpreta, Hank Azaria. Assim como os demais “humanos”, ele não é uma animação como os Smurfs. De carne e osso, ele parece mais um produto da computação gráfica, pois é perfeito em suas caras e bocas e consegue fazer com maestria o típico malvado que não dá pra ser levado a sério. Palmas também para as risadinhas que a computação gráfica conseguiu tirar do gato Cruel. 


Efeitos visuais são, com o perdão da repetição, sensacionais. Quem diria que criaturas tão pequeninas e fofas poderiam se incorporar ao agitado dia a dia da maior metrópole do mundo sem parecer artificial? O sucesso foi tão grande que um novo longa já está sendo produzido, e deve estrear em 2012. Talvez, para o próximo, vale acrescentar um pouco mais de "idade" ao filme. E não se espante se você sair do cinema com a canção smurf grudada em sua mente: "La la la la la, cante uma canção... la la la la la, smurf essa canção..."


É um filme pra se assistir despretensiosamente, pra se divertir e lembrar da boa época que foi nossa infância - por mais que tenha sido há tempos atrás, é uma nostalgia das boas. Tudo é tão mais fácil quando se acredita em seres mágicos, não?


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