sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Quem tem medo das curvas?

Ninguém nos ensina a lidar com a vida. Parece piegas, mas é verdade. Quando somos crianças, na ânsia de acertar e se mostrar melhor do que pensam que podemos ser, nos jogamos de cabeça em todas as situações e momentos do dia a dia e não medimos consequências. Nossos pais nos apoiam, veem nossas falhas como tropeços de alguém que está apenas trilhando seu caminho, descobrindo. Você nunca vai saber se você não tentar, não é?

A questão é que isso nunca muda. Não vamos centralizar a nossa infância, mas o fato é que crescemos acreditando em coisas semelhantes, desejando coisas semelhantes e não investimos na mudança. Não estou generalizando, caros 3 ou 4 leitores fiéis, é apenas uma questão de consentimento. 

Por partes. Imagine as situações.

Hipótese 1: eu não quero constituir família, porque meu amigo de escola disse que a dele é uma bagunça. A minha não é, mas se a dele é, pode ser que no futuro a que eu constituir também seja. E agora?
Hipótese 2: eu não quero ser médico; meu pai diz que ser médico é o melhor pra mim, minha mãe sonha em me ver vestindo um jaleco. Ah, mas me disseram por aí que tem que estudar constantemente, então eu não sei se quero isso pra mim. E agora?
Hipótese 3: eu quero viver a vida escrevendo história. Minha mãe acha que é loucura, meu pai diz que eu tenho que fazer outra coisa também. Ah, mas minha professora disse que eu tenho talento e meu vizinho falou que o pai dele edita livros. E agora?

Percebe, caro leitor? São situações triviais, que citamos como hipotéticas, mas que podem acontecer com qualquer um. A forma como se encara os fatos é que torna tudo diferente. Não estou pregando o "tresloucamento", mas o livre direito de pensar como você quiser. Opiniões são sempre bem vindas, claro. Dicas, conselhos e informações são preciosidades. Mas não podem ser tornar diretriz.

Ora, se você não quer ser médico, não o seja! Vai ser mochileiro, então. Viaja por aí, descobre outras coisas geniais, volta para a sua casa, escreve um livro, case-se, tenha filhos, um deles será médico e... pronto. A gente tem a irritante mania de querer complicar tudo, quando é tão mais fácil descomplicar. Ser livre não significa não ter parâmetros, mas seguir o instinto e o desejo interior. Fácil. As vezes.

Não importa o quão complicada as coisas pareçam, sempre dá-se um jeito. E é você quem tem que decidir. O bom humor de hoje, que se torna o mau humor amanhã e a bipolaridade de depois de amanhã só faz com que você aprenda a lidar com as subidas e decidas da montanha-russa que é nossa vida. O dia a dia é complicado, e como eu disse lá no início, ninguém nos ensina. A gente tem que aprender sozinho.

Quebrando a cara, acertando, errando. Aquela coisa tradicional, caindo e levantando. É difícil as vezes, eu bem sei. Mas, caro leitor, não é impossível. Desculpa se meu texto saiu de nenhum lugar e foi pra lugar nenhum. Só queria escrever.

Volta sempre. E isso serve pra você também, dona inspiração!

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