Tá, pode ser exagero esse título. Mas ele é fundamental para que haja compreensão sobre o que quero falar. Estreou a nova novela das 18h da Rede Globo, "Cama de Gato". E a impressão que se ficou foi de que está no ar a melhor novela do horário em muito tempo.
Desde a primeira cena da novela tudo que se viu foram inúmeros elementos que lembram a melhor novela brasileira de todos os tempos (pelo menos para mim), "A Favorita". Eu sinceramente achei que levaria anos até que alguém ousasse novamente e seguisse o caminho de João Emanuel Carneiro para produzir um thriller com a qualidade que foi a antecessora de "Caminho das Índias".
Mas, não. Menos de um ano após o fim da saga de Flora e Donatella, em pleno horário das seis, temos uma história cujos elementos são próximos. Quem acompanhou "A Favorita" e está assistindo "Cama de Gato", já notou, afinal, o mesmo climinha de suspense que páira pelos capítulos, inclusive com músicas que remetem à tensão não apenas para os personagens, mas também para o telespectador.
Além disso, a fotografia é muito parecida, uma imagem muito mais escura do que estamos acostumados às produções nacionais de telenovela. E isso é muito necessário para que a história possa seguir o rumo e o clima pretendido pelas duas autoras seja alcançado. E os diálogos? Todos lembram bastante o estilo de "A Favorita", sem rodeios, sem frases apenas para ocupar espaço e tempo do capítulo. Ali, tudo faz sentido, todas as frases tem um porquê e, principalmente no núcleo principal, tudo tem um novelo que pode se desenrolar.
Os núcleo paralelos me parecem, em início, até mais interessante dos que tínhamos em "A Favorita". Certamente porque no horário das seis é mais fácil criar cenas cômicas e personagens engraçados que chamem a atenção. Mas o que prendeu mesmo a atenção nessa comparação foram os protagonistas. Marcos Palmeiras na pele de Gustavo é praticamente uma Donatella de calças. Ela foi acusada de um crime em que era inocente; ele também. Ambos por armação de outros. Ela foi dada como morta; ele também. Ela teve de provar sua inocência; ele também terá. Ela teve Zé Bob como amor e anjo da guarda; ele tem a personagem de Camila Pitanga. Esta, que aliás, também empresta a sua protagonista elementos que Cláudia Raia doou a Donatella. Principalmente a fibra e falta de medo de enfrentar pessoas más.
A vilã Verônica, vivida por Paola Oliveira é tão pérfida quanto Flora foi. Porém, pelo horário, é uma versão light da personagem terrível. Mesmo assim, acredito que ela irá realizar algumas maldades para chocar todos os telespectadores. É o que parece, ao menos.
Até aqui nenhuma atuação vem comprometendo a excelente história criada pela dupla que já havia escrito o remake de "O Profeta". Mas vale dar destaque para o estreande Land Vieira, que foi o segundo colocado de um concurso para estrelar o novo filme da Xuxa, e acabou se dando melhor que o grande vencedor (Talvez porque tenha mais talento!).
Desde a primeira cena da novela tudo que se viu foram inúmeros elementos que lembram a melhor novela brasileira de todos os tempos (pelo menos para mim), "A Favorita". Eu sinceramente achei que levaria anos até que alguém ousasse novamente e seguisse o caminho de João Emanuel Carneiro para produzir um thriller com a qualidade que foi a antecessora de "Caminho das Índias".
Mas, não. Menos de um ano após o fim da saga de Flora e Donatella, em pleno horário das seis, temos uma história cujos elementos são próximos. Quem acompanhou "A Favorita" e está assistindo "Cama de Gato", já notou, afinal, o mesmo climinha de suspense que páira pelos capítulos, inclusive com músicas que remetem à tensão não apenas para os personagens, mas também para o telespectador.
Além disso, a fotografia é muito parecida, uma imagem muito mais escura do que estamos acostumados às produções nacionais de telenovela. E isso é muito necessário para que a história possa seguir o rumo e o clima pretendido pelas duas autoras seja alcançado. E os diálogos? Todos lembram bastante o estilo de "A Favorita", sem rodeios, sem frases apenas para ocupar espaço e tempo do capítulo. Ali, tudo faz sentido, todas as frases tem um porquê e, principalmente no núcleo principal, tudo tem um novelo que pode se desenrolar.
Os núcleo paralelos me parecem, em início, até mais interessante dos que tínhamos em "A Favorita". Certamente porque no horário das seis é mais fácil criar cenas cômicas e personagens engraçados que chamem a atenção. Mas o que prendeu mesmo a atenção nessa comparação foram os protagonistas. Marcos Palmeiras na pele de Gustavo é praticamente uma Donatella de calças. Ela foi acusada de um crime em que era inocente; ele também. Ambos por armação de outros. Ela foi dada como morta; ele também. Ela teve de provar sua inocência; ele também terá. Ela teve Zé Bob como amor e anjo da guarda; ele tem a personagem de Camila Pitanga. Esta, que aliás, também empresta a sua protagonista elementos que Cláudia Raia doou a Donatella. Principalmente a fibra e falta de medo de enfrentar pessoas más.
A vilã Verônica, vivida por Paola Oliveira é tão pérfida quanto Flora foi. Porém, pelo horário, é uma versão light da personagem terrível. Mesmo assim, acredito que ela irá realizar algumas maldades para chocar todos os telespectadores. É o que parece, ao menos.
Até aqui nenhuma atuação vem comprometendo a excelente história criada pela dupla que já havia escrito o remake de "O Profeta". Mas vale dar destaque para o estreande Land Vieira, que foi o segundo colocado de um concurso para estrelar o novo filme da Xuxa, e acabou se dando melhor que o grande vencedor (Talvez porque tenha mais talento!).
"Cama de Gato" vai bem em tudo, inclusive no Ibope, com a melhor primeira semana em muito tempo. Sob a supervisão do próprio João Emanuel Carneiro, o que se vê, na verdade, é uma outra história, mas muito, muito próxima de "A Favorita". E isso é o maior elogio que uma novela poderia receber.
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