Compartilho hoje o texto publicado no Pioneiro, da minha primeira cobertura jornalística fora da cidade.
Um show para lembrar: Justin Bieber levantou o público gaúcho nesta segunda-feira, em Porto Alegre
No Estádio Beira-Rio, o cantor desfilou hits em espetáculo repleto de efeitos especiais
O sonho de ver Justin Bieber de pertinho se tornou realidade para mais de 120 caxienses, que viajaram em excursão pela Rupestre Turismo para o show da noite desta segunda-feira, em Porto Alegre. Já no caminho, a euforia era grande. Enquanto era exibido no ônibus o documentário Never Say Never, que conta a história do astro teen, as fãs cantavam em uníssono todas as canções.
Entre expressões como "Estou bastante nervosa" e "Vai ser o melhor momento da minha vida", a emoção crescia. Para muitas jovens, esse seria o primeiro show que encaravam. A espera ainda foi longa. Pouco antes das 17h, um helicóptero sobrevoou o Beira-Rio, levando o público ao delírio. Seria o ídolo? Minutos depois, os DJs da Fat Duo e a banda Dipop levantaram a plateia com os mais variados hits das pistas.
Às 18h40, a banda norte-americana Cobra Starship subiu ao palco para uma performance enérgica. O vocalista, Gabe Saporta, fez questão de declarar seu amor pelo Brasil, ao pedir uma bandeira para o público. "Sempre foi meu sonho tocar na América do Sul e dizem que a gente sempre realiza aquilo que deseja, não é?", disse ele, antes de puxar o coro com a canção que tornou a banda famosa, Good Girls Go Bad.
Eram 19h48 quando o DJ Tay James subiu ao palco, para iniciar uma contagem regressiva de 15 minutos. Embalando a plateia, intercalou as batidas com frases como "Vocês estão prontos para Justin Bieber" e "Gritem, ele está ouvindo". Passavam-se quatro minutos das 20h horas quando as luzes se apagaram e a maior estrela da noite surgiu, por trás de muita fumaça e efeitos. Ao som de Love Me, regravação de um sucesso da banda The Cardigans, Justin dançou, pulou e carregou a plateia. Emendou Bigger, quando subiu em uma estrutura montada no palco, ficando acima dos músicos. As duas canções, em playback, causaram histeria. "Eu não acredito que é ele mesmo, vai demorar para cair a ficha", gritou a caxiense Paula Torres, 13 anos.
O que se seguiu foi uma amostra do porque o cantor é um dos maiores fenômenos da música pop dos últimos anos: ao cumprimentar os presentes, os gritos foram ainda mais altos. A balada U Smile, composta para as fãs, seguida de Runaway Love, precederam o momento em que o garoto do Canadá mostrou seu talento de verdade. Sentado em um banquinho no centro do palco, tocou violão e cantou - desta vez sem efeito algum - Never Let You Go, Favorite Girl e Trust Issues.
Um dos momentos mais esperados da noite - a canção One Last Lonely Girl, onde uma sortuda subiu ao palco, recebeu rosas vermelhas e um abraço meio desajeitado - exaltou os ânimos. As amigas caxienses Nicole Muratore, Giulia Bampi e Gabrieli Rizoni torciam para serem as escolhidas em meio a multidão. "Tenho certeza que vou ser eu!", dizia Giulia. Nenhuma delas teve tanta sorte assim, mas a premiada foi ovacionada pela plateia.
Um show a parte foram os backing vocals, que seguraram o público enquanto Justin trocou de roupa. O cantor ainda entoou os sucesso Somebody To Love e Never Say Never, precedida de um discurso incentivador. "Eu tenho uma frase que levo comigo e gostaria que vocês levassem com vocês. Quando falarem que seus sonhos nunca vão se realizar basta dizer: nunca diga nunca".
Com um cover da banda Aerosmith, Justin tocou bateria, apresentou seus bailarinos e venerou Michael Jackson. Levantou mais uma vez a multidão ao som de Eenie Meeniee emocionou ao tocar piano em Down To Earth, faixa que compôs para seus pais. As luzes se apagaram, mas a plateia queria ainda mais. Nos três telões montados no estádio, palavras como "Vocês querem mais?", "Então gritem!", abriram espaço para o bis. Em coro, o público pedia uma música em especial: o hit Baby, que fez de Bieber o cantor com mais visualizações de um único clipe na rede. Ao final, uma chuva de papéis picados e declarações de amor.
Justin Bieber é um artista em construção. Dança, toca bateria, violão e piano com maestria. Está em um momento de mudança de timbre, por conta da idade. É um verdadeiro show boy: sabe - e muito bem - conduzir a plateia, formada em sua maioria por meninas adolescentes e tem consciência da histeria que causa. Em, talvez, dois anos, deve despontar de vez. Agora sim preparado - musical e psicologicamente - para encarar o turbilhão.
Para a caxiense Paola Becker, 14 anos, foi uma noite especial. "Não consigo descrever, foi mágico. Quando meu pai me levantou e vi que ele estava me olhando... é indescritível!". No ônibus de volta, a animação ainda estava lá em cima. Entre lembranças dos melhores momentos, frases que marcaram e o que cada uma sentiu, um denominador comum: a certeza de que esse sonho foi sim uma realidade.
* O repórter viajou a convite da Rupestre Turismo.
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